terça-feira, 2 de outubro de 2012

Quem canta...

Olha, o povo critica fatalmente a Rede Globo por tudo (conspiração, monopolio, estrelismo, tirania, blábláblá, etc), mas vamos ser realistas.

Eu adoro todos os tipos de "reality shows" que envolvem canto e música. Existem vários, dos quais cito o American Idol (e franquias), X-Factor, The Voice e o British's Got Talents (e franquias). Meu preferido de longa data é o American Idol, e tou curtindo muito o X-Factor USA (com minha diva Britney sendo jurada). Procuro acompanhar todos, quando o tempo deixa.
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Porém é visível a diferença da produção (e tiro daqui o gosto pessoal da análise) do The Voice Brasil (1ª temporada na Globo), e do Ídolos (Versão brasileira do Idols - que tem versões em quase todos os países). Entendo que são formatos diferentes (o The Voice os juízes ficam de costas pra você, e julgam pela voz). Faço uma comparação em separado para melhor dizer minha crítica.

Assistindo a segunda temporada do The Voice USA percebo que as audições estão se resumindo as briguinhas de Adam Levine e Blake Shelton para que os escolhidos os queiram como técnicos. Eu acho muito engraçado, de modo que, quando assisto um episódio, vou saltando a parte das histórias de cada concorrente para a parte em que ele começa a cantar e depois escolher seu mentor. E achei isso peculiar de um jeito errado, já que a batalha diária de cada um é o mágico do programa, onde nós, como audiência, sentimos e torcemos por cada um, achando até que sabemos um pouco mais do que os juízes. Isso conquista. Isso mantem o público ligado no programa.

Não sei se é porque é a 1ª Temporada aqui no Brasil, mas o The Voice Brasil está me saindo melhor que o americano. Vai que na 2ª temporada fique Carlinhos Brown e Lulu Santos (ou Daniel - será?) criando "confusões" para serem escolhidos. Engraçado, mas é essencial que isso não se torne o mais LEGAL do programa. Enfim. Vamos ao American Idol e o Ídolos (o que me dá autoridade para falar é o que acompanho).

O American Idol tem a característica legal das audições de, de vez em quando, aparecer aqueles personagens engraçados, que fazem os jurados ou rirem demais, ou, já no final de um dia inteiro, quererem se matar. E eu falei de vez em quando porque, no American Idol, é de vez em quando. Mas no Ídolos  - meu Deus, que vergonha pra franquia!!! - que a Record produz, o que "fixa" na mente de quem assiste são esses personagens, e o pior, nem engraçado são. São forçados, combinados, entendiantes (se Simon Fuller estivesse assistindo... choraria), perdem até o tempo dos próprios jurados (nunca achei que Marco Camargo fosse lá um jurado de peso - aquele Rick Bonadio sim era um. Fafá de Belém tem ganhado respeito dos telespectadores por mostrar experiência e consistência no que fala. Supla eu nem comento, apesar de que de vez em quando - raro - ele diz uma coisa condizente). E o horário? Claro, para a audiência tem que ser depois da novela global, mostrando mais uma vez que está passando na emissora errada.

Comparando agora The Voice Brasil com Ídolos, deixo aqui os parabéns para a Rede Globo, que, depois de demorar tanto para voltar esse tipo de programa (porr*, Globo, coloca isso ao invés de BBB! Divulga cultura, e não imbecilidade!), acertou em cheio com o programa, se destacando, ao meu ver, muito mais do que a versão gringa. Os jurados são equilibrados (até Lulu, que achei que ia cantar de galo e mostrar sua arrogância, me surpreendeu), Thiago Leifert é carismático e criativo e até Daniele Suzuki tá bem. O Ídolos (apesar de Fafá de Belem) não emplacou ninguém, nem no tempo do SBT (leiam sobre o Fama na Wikipedia para perceber os tipos de músicos que o programa global produziu), ridiculariza as pessoas (que devem - ou deveriam - receber para mancharem sua imagem) e praticamente destroi uma franquia que lançou nomes poderosos como o de Kelly Clarkson, Carrie Underwood, Daughtry, Jenniffer Hudson, Jordin Sparks, David Cook (!!!), Clay Aiken, Katharine McPhee, Kellie Pickler, Adam Lambert, entre outros!!!

2 comentários:

  1. O meu real problema com a franquia brasileira, é que um programa composto por Christina Aguilera, a maior voz do mundo, não pode ser comparado com a franquia brasileira com tanta propriedade; mas eu entendi seu ponto de vista, realmente acho, que o programa brasileiro está sendo levado de maneira bem mais coerente que o americano.

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    1. Não acho Cristina Aguilera tão poderosa assim. Ela não tem consistência no seu tipo de som, apesar da voz ser fodona. Essa voz fodona a fez achar que ela era sim uma diva, e começou a agir como tal, um poço de arrogância. Mas arrogância não tira talento de ninguém. Tá começando a achar seu som agora, essa diva. Sem falar que ter voz e saber berrar não fazem o melhor cantor. Eu particularmente acho meio enjoado os gritos de Beyonce. As vozes de Adele, Mariah Carey, Rihanna, Savannah Outen, James Durbin, me trazem um som melhor... porém compreendo que é questão de gosto.

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