Olha, o povo critica fatalmente a Rede Globo por tudo
(conspiração, monopolio, estrelismo, tirania, blábláblá, etc), mas vamos
ser realistas.
Eu adoro todos os tipos de "reality shows" que envolvem canto e
música. Existem vários, dos quais cito o American Idol (e franquias),
X-Factor, The Voice e o British's Got Talents (e franquias). Meu
preferido de longa data é o American Idol, e tou curtindo muito o
X-Factor USA (com minha diva Britney sendo jurada). Procuro acompanhar
todos, quando o tempo deixa.
Porém é visível a diferença da produção (e tiro daqui o gosto pessoal
da análise) do The Voice Brasil (1ª temporada na Globo), e do Ídolos
(Versão brasileira do Idols - que tem versões em quase todos os países).
Entendo que são formatos diferentes (o The Voice os juízes ficam de
costas pra você, e julgam pela voz). Faço uma comparação em separado
para melhor dizer minha crítica.
Assistindo a segunda temporada do The Voice USA percebo que as
audições estão se resumindo as briguinhas de Adam Levine e Blake Shelton
para que os escolhidos os queiram como técnicos. Eu acho muito
engraçado, de modo que, quando assisto um episódio, vou saltando a parte
das histórias de cada concorrente para a parte em que ele começa a
cantar e depois escolher seu mentor. E achei isso peculiar de um jeito
errado, já que a batalha diária de cada um é o mágico do programa, onde
nós, como audiência, sentimos e torcemos por cada um, achando até que
sabemos um pouco mais do que os juízes. Isso conquista. Isso mantem o
público ligado no programa.
Não sei se é porque é a 1ª Temporada aqui no Brasil, mas o The Voice
Brasil está me saindo melhor que o americano. Vai que na 2ª temporada
fique Carlinhos Brown e Lulu Santos (ou Daniel - será?) criando
"confusões" para serem escolhidos. Engraçado, mas é essencial que isso
não se torne o mais LEGAL do programa. Enfim. Vamos ao American Idol e o
Ídolos (o que me dá autoridade para falar é o que
acompanho).
O American Idol tem a característica legal das audições de, de vez em
quando, aparecer aqueles personagens engraçados, que fazem os jurados
ou rirem demais, ou, já no final de um dia inteiro, quererem se matar. E
eu falei de vez em quando porque, no American Idol, é de vez em quando.
Mas no Ídolos - meu Deus, que vergonha pra franquia!!! - que a Record
produz, o que "fixa" na mente de quem assiste são esses personagens, e o
pior, nem engraçado são. São forçados, combinados, entendiantes (se
Simon Fuller estivesse assistindo... choraria), perdem até o tempo dos
próprios jurados (nunca achei que Marco Camargo fosse lá um jurado de
peso - aquele Rick Bonadio sim era um. Fafá de Belém tem ganhado
respeito dos telespectadores por mostrar experiência e consistência no
que fala. Supla eu nem comento, apesar de que de vez em quando - raro -
ele diz uma coisa condizente). E o horário? Claro, para a audiência tem
que ser depois da novela global, mostrando mais uma vez que está
passando na emissora errada.
Comparando agora The Voice Brasil com Ídolos, deixo aqui os parabéns
para a Rede Globo, que, depois de demorar tanto para voltar esse tipo de
programa (porr*, Globo, coloca isso ao invés de BBB! Divulga cultura, e
não imbecilidade!), acertou em cheio com o programa, se destacando, ao
meu ver, muito mais do que a versão gringa. Os jurados são equilibrados
(até Lulu, que achei que ia cantar de galo e mostrar sua arrogância, me
surpreendeu), Thiago Leifert é carismático e criativo e até Daniele
Suzuki tá bem. O Ídolos (apesar de Fafá de Belem) não emplacou ninguém,
nem no tempo do SBT (leiam sobre o Fama na Wikipedia para perceber os
tipos de músicos que o programa global produziu), ridiculariza as
pessoas (que devem - ou deveriam - receber para mancharem sua imagem) e
praticamente destroi uma franquia que lançou nomes poderosos como o de
Kelly Clarkson, Carrie Underwood, Daughtry, Jenniffer Hudson, Jordin
Sparks, David Cook (!!!), Clay Aiken, Katharine McPhee, Kellie Pickler,
Adam Lambert, entre outros!!!
O meu real problema com a franquia brasileira, é que um programa composto por Christina Aguilera, a maior voz do mundo, não pode ser comparado com a franquia brasileira com tanta propriedade; mas eu entendi seu ponto de vista, realmente acho, que o programa brasileiro está sendo levado de maneira bem mais coerente que o americano.
ResponderExcluirNão acho Cristina Aguilera tão poderosa assim. Ela não tem consistência no seu tipo de som, apesar da voz ser fodona. Essa voz fodona a fez achar que ela era sim uma diva, e começou a agir como tal, um poço de arrogância. Mas arrogância não tira talento de ninguém. Tá começando a achar seu som agora, essa diva. Sem falar que ter voz e saber berrar não fazem o melhor cantor. Eu particularmente acho meio enjoado os gritos de Beyonce. As vozes de Adele, Mariah Carey, Rihanna, Savannah Outen, James Durbin, me trazem um som melhor... porém compreendo que é questão de gosto.
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